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SEXTA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2011

CHAPA 1-CUT – A Chapa do Sindicato vence eleições do Seeb BH e Região com 87,6% dos votos válidos

Terminou no início da tarde desta sexta-feira, 27 de maio, a apuração dos votos da eleição que elegeu a nova diretoria do Sindicato para os próximos três anos. A Chapa 1 CUT – A Chapa do Sindicato foi a grande vencedora com 87,6% dos votos válidos contra 11,5% da Chapa 2 ligada a Federação da rua Sergipe-Contec-PSTU. A apuração foi feita no Ginásio Poliesportivo do Sindicato dos Bancários. O total de votos válidos somou 5.248, sendo que a Chapa 1 recebeu 4.597, a Chapa 2 ficou com 615 e 36 bancários votaram em branco.
As eleições aconteceram durante os dias 24, 25 e 26 de maio e reafirmaram a tradição democrática do Sindicato que dentro dos princípios da CUT promove a renovação de sua diretoria a cada três anos.

A vitória acachapante da Chapa 1 – CUT é a prova de que a categoria aprova o trabalho que vem sendo realizado pela atual diretoria da entidade  e acredita no seu compromisso em defender os direitos dos bancários.


O presidente reeleito, Cardoso, agradeceu todos aqueles que contribuíram para a vitória da Chapa 1 – CUT. “A vitória com mais de 87% dos votos consagrou o trabalho desta direção que esteve à frente do Sindicato nos últimos três anos. A vitória é fruto deste trabalho e não porque a outra chapa se ausentou do processo nos últimos dias. Durante a campanha eles visitaram as unidades de trabalho defendendo suas propostas, mas as nossas propostas, as propostas da Central Única dos Trabalhadores foram vitoriosas. Agradeço a toda a diretoria, a todos os funcionários do Sindicato, aos companheiros de todos os sindicatos do país que nos ajudaram nesta vitória. Agradeço também a Contraf-CUT, pois essa vitória consagra as nossas campanha salariais vitoriosas junto aos bancos privados, CAIXA e Banco do Brasil”, afirmou.

Publicado por tais.assessoria.imprensa@gmail.com




Sindicato apoia Chapa 1-CUT


Cardoso - presidente Sindicato
dos Bancários de BH e Região
A diretoria do Sindicato decidiu  por unanimidade apoiar à Chapa 1 - CUT - A Chapa do Sindicato nas eleições para a renovação da diretoria da entidade para o triênio 2011/2014, que acontecerão nos dias 24, 25 e 26 de maio de 2011.


A Chapa 1 – A Chapa do Sindicato é composta por bancários membros da atual diretoria do Sindicato e novos integrantes da CAIXA, Banco do Brasil e de vários bancos privados. Encabeçada pelo bancário da CAIXA e atual presidente do Sindicato, Cardoso, a Chapa 1 é a única chapa da CUT a disputar as eleições do Sindicato e a única apoiada pela Contraf-CUT, que representa hoje mais de 100 entidades sindicais bancárias em vários estados da federação, englobando 90% dos bancários brasileiros. É também a única chapa articulada nacionalmente com a maioria dos sindicatos de bancários do Brasil.

Já a Chapa 2 é formada por pessoas ligadas à Federação da rua Sergipe/Contec e à Conlutas  do PSTU. A maioria dos seus integrantes são os mesmos que foram coniventes com a tentativa de privatização da CAIXA e do Banco do Brasil, assinaram acordos com reajuste zero e com retiradas de direitos como foi o caso do anuênio no BB e apoiaram a flexibilização de direitos na CLT. Como se não bastasse tudo isso, abandonaram a assembleia que elegeu a Comissão Eleitoral no dia 15 de fevereiro em um total desrespeito à categoria. A atitude desrespeitosa dos integrantes da Chapa 2 revelou mais uma vez quem realmente são estas pessoas que há 30 anos estão encastelados na Federação da rua Sergipe, nunca participam das campanhas salariais da categoria e só aparecem em época de eleição do Sindicato tentando tumultuar o processo.

O presidente do Sindicato Cardoso ressaltou a importância deste momento histórico para os bancários de Belo Horizonte e Região. “Reafirmando a sua tradição democrática, mais uma vez o Sindicato dos Bancários de BH e Região realiza eleições para a renovação da sua direção. Essa é a oportunidade que o bancário tem para exercer o seu sagrado direito do voto e contribuir para o fortalecimento da democracia da entidade. Ao contrário dos sindicatos filiados à federação da rua Sergipe-Contec onde as eleições são realizadas na calada da noite para manter mandatos de mais de dez anos, nós filiados à CUT, realizamos eleição a cada três anos garantindo ao bancário o direito de votar e ser votado. Portanto, nos dias 24, 25 e 26 de maio faça valer a sua vontade elegendo aqueles que irão conduzir o nosso Sindicato nos próximos três anos”, afirmou.


Conheça os membros da Chapa 1 - A Chapa do Sindicato

Antônio Guimarães de Oliveira, Carlindo Dias de Oliveira, Carlos Augusto Vasconcelos, Cléber Augusto S. Wolbert, Clotário Cardoso, Cynthia Matos Umbelino, Davidson Ângelo de Siqueira, Edmar Ferreira da Costa, Eliana Brasil Campos, Fernando César Lemos, Fernando Ferraz Rêgo Neiva, Geraldo Rodrigues de Oliveira, Giovanni Alexandrino Castro, Helberth Ávila de Souza, Jacqueline Cardozo dos Santos, Jerry Adriane Teles Magalhães, José Adriano Soares de Oliveira, Leonardo das Mercês Marques, Leonardo de Souza Fonseca, Leonardo Rosa Ferreira, Liliane Kely de Oliveira B. de Carvalho, Luciana Duarte Lopes, Luiz Mendes Lopes, Marcia Diniz Fernandes, Márcio José de Souza Chaves, Marco Aurélio Alves, Maristela Fernandes Miranda, Matheus Fraiha de Souza Coelho, Messias Caetano Neto, Neemias Souza Rodrigues, Odinei Silva de Souza, Omar Nascimento dos Reis, Paulo Henrique Corrêa, Paulo Henrique Costa Faria, Paulo Roberto Oliveira Barros, Ramon Silva Peres, Rogério Tavares de Almeida, Roncalli Kennedy I. B. Santos, Sebastião da Silva Maria, Sebastião Elcio Chaves de Paiva, Tárcio Santiago Chamon, Ted Silvino Ferreira, Umberto Gil Alcon, Vanderci Antonio da Silva, Vênica Angelos de Melo, Wagner de Sousa Nascimento, Wagner Ribeiro dos Santos, Wander de Castro Garcia, Wanderlei dos Santos Pinto e Welington Cruz Marinho.
Quem pode votar

Estão aptos a votar todos os bancários da ativa filiados ao Sindicato de forma contínua, nos seis meses que antecedem a data do primeiro dia de eleição, e que estiverem em dia com as obrigações sociais e estatutárias, em especial com o pagamento das seis últimas contribuições mensais imediatamente anteriores ao mês da realização da eleição. Os aposentados que estiverem com a documentação regularizada no setor de controle de sócios do Sindicato também votam normalmente.

Também podem votar os bancários licenciados junto ao INSS e os exonerados que tenham sido sócios do Sindicato, ininterruptamente, durante os seis meses anteriores à data de rescisão de seu contrato de trabalho, que esteja quite com as suas obrigações estatutárias neste período e que comprove estar desempregado há no máximo seis meses.

Os eleitores poderão votar nos três dias de pleito nas suas unidades de trabalho em urnas itinerantes ou em urnas fixas na sede do Sindicato.


Fortalecer a luta para ampliar conquistas


Bancário desde 1981, Cardoso ingressou como escriturário na Caixa Econômica Federal em 1989 e desde então vem tendo uma atuação marcante no movimento sindical bancário de Minas e do Brasil. Biólogo formado pela UFMG, Cardoso foi delegado sindical por diversas vezes, participou ativamente de todas as greves da categoria e em 2005 foi eleito diretor de Cultura do Sindicato. A sua experiência na luta em defesa dos direitos dos bancários o levou à presidência do Sindicato em 2008, quando esteve presente nas várias campanhas que trouxeram importantes vitórias para a categoria. Integrante da Comissão Executiva dos Empregados da CAIXA (CEE - CAIXA), que negocia os interesses dos empregados diretamente com o banco, Cardoso é candidato a reeleição pela CHAPA 1 – CUT - A Chapa do Sindicato com o compromisso de dar continuidade ao trabalho em defesa dos direitos dos bancários. Nesta entrevista ao JORNAL DOS BANCÁRIOS, o presidente do Sindicato fala sobre o trabalho realizado por esta gestão que se encerra e os desafios e perspectivas para o futuro do Sindicato e da categoria bancária.

JORNAL DOS BANCÁRIOS Ao chegar ao fim desta gestão à frente do terceiro maior sindicato de bancários do país, qual a sua avaliação do trabalho realizado?
Cardoso – Tive o privilégio de ser eleito democraticamente pelos bancários de BH e Região, em 2008, para presidir um dos maiores e mais importantes sindicatos de bancários do Brasil. Isso é motivo de muito orgulho para todos aqueles que têm compromisso com a luta dos trabalhadores. Mas é também uma responsabilidade muito grande comandar um Sindicato de uma das categorias mais organizadas do Brasil, que possui uma representatividade enorme, que conquistou um acordo coletivo nacional e que pertence a um dos ramos de atividade mais importantes do país. Somos articulados nacionalmente e temos um grande peso nas decisões nacionais. Nesta gestão estivemos presentes em todos os fóruns, tais como encontros estaduais e nacionais, conferências e congressos debatendo as principais questões da categoria bancária e dos trabalhadores em geral. E foi graças a essa intensa participação que conseguimos dobrar a intransigência dos banqueiros e das direções dos bancos federais e alcançamos importantes conquistas como a licença-maternidade de 180 dias para as bancárias, pela primeira vez conquistamos a assinatura pelos grandes bancos do aditivo que prevê o Programa de Combate ao Assédio Moral nos locais de trabalho, contratação de mais funcionários pela CAIXA e pelo Banco do Brasil e a unificação da carreira que acabou com a discriminação do técnico bancário na CAIXA. A implantação do Plano Odontológico pelo Banco do Brasil, sem ônus para os funcionários, também foi uma grande vitória da categoria. Conquistamos também a 13ª cesta alimentação, auxílio educação e reafirmamos a convenção coletiva nacional. Além do mais, durante os últimos três anos tivemos campanhas salariais vitoriosas sendo que em todas elas conquistamos aumento real de salário. Em 2008, conquistamos um novo modelo de PLR com 90% do salário mais valor fixo. Em 2009, a mobilização da categoria conquistou adicional de PLR de 2% do lucro líquido distribuído de forma linear a todos os trabalhadores com teto de R$ 2.100,00. Já durante a campanha salarial do ano passado, realizamos a maior greve da categoria dos últimos anos que garantiu um reajuste de 16,33% nos pisos para quem ganha até R$ 5.250, que corresponde a 85% da categoria. Outra conquista importante foi a PLR Social na CAIXA com 4% do lucro líquido distribuído linearmente entre os empregados. Para alcançarmos todas estas conquistas,  felizmente pude contar com o apoio constante de toda a diretoria que me permitiu exercer a presidência com êxito. Não poderia deixar de mencionar também o apoio da CUT que, como maior central sindical da América Latina, foi fundamental para vencermos o enfrentamento com os banqueiros.
JORNAL DOS BANCÁRIOS Antes de ser eleito presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região você já exercia uma forte militância no movimento sindical e popular. Como foi esta história?
Cardoso - Sou bancário desde 1981 e ingressei na Caixa Econômica Federal em 1989. Durante estes 30 anos de atividade sempre estive presente na luta dos trabalhadores e principalmente da categoria bancária. Apesar dessa longa militância e de participar de todas as lutas da categoria, todas as greves, atuar firmemente em defesa dos bancos públicos e ser um defensor intransigente da jornada de 6 horas, só vim a me tornar um dirigente sindical em 2005. Entendi que tinha chegado o momento de contribuir com maior disponibilidade para o movimento dos bancários. Então me tornei diretor do Sindicato eleito pela categoria em 2005 e em 2008, essa mesma categoria me deu o seu voto me elegendo presidente do Sindicato onde hoje busco retribuir toda essa confiança participando ativamente da organização e mobilização dos bancários na luta por seus direitos. Hoje integro o Comando Nacional dos Bancários onde participo e tenho oportunidade de debater frente a frente com os representantes dos banqueiros e defender com firmeza os direitos da categoria.
JORNAL DOS BANCÁRIOS Quais foram os principais desafios enfrentados nesta gestão?
Cardoso - Tivemos vários desafios, dentre eles garantir e ampliar as conquistas que obtivemos nas gestões anteriores, tais como o aumento dos postos de trabalho no Banco do Brasil e na CAIXA e o fortalecimento da luta em defesa dos bancos públicos como bancos de função social que devem atuar apoiando os programas sociais do governo e fomentando o desenvolvimento do País. Enfrentamos também as conseqüências danosas das fusões dos bancos privados que cortaram postos de trabalho da categoria e pioraram em muito o atendimento à população. Este embate como os banqueiros ainda está acontecendo e o maior desafio é garantir a manutenção dos postos de trabalho dos bancários,  melhorar o atendimento aos clientes e usuários com menos tempo nas filas de espera e mais segurança nas agências.

JORNAL DOS BANCÁRIOS - E como você vê a atuação do Sindicato hoje?
Cardoso - Estamos chegando ao final desta gestão que foi a primeira em que participei como presidente e pude perceber que as conquistas são fruto de muita luta, organização, participação e atuação firme do Sindicato que tem que estar presente no dia a dia do trabalhador e sintonizado com a luta da categoria bancária. Temos que ter bem claro que não estamos lutando contra qualquer patrão. Os nossos adversários são os banqueiros e as direções dos bancos públicos. Os banqueiros dominam o mercado financeiro, obtendo lucros estratosféricos às custas do trabalho da categoria bancária e da exploração sem medida do povo brasileiro através da cobrança de juros altíssimos  e tarifas abusivas. Já o governo federal, através dos bancos públicos, explora seus funcionários cobrando metas abusivas, cometendo assédio moral, extrapolando jornada de trabalho e submetendo os seus trabalhadores a condições desumanas de trabalho. Apesar de termos conquistado, através de muita pressão a contratação de bancários para estes bancos, o número ainda é insuficiente para atender a grande demanda que hoje existe dentro dos bancos públicos. O Sindicato vem atuando de maneira firme contra todos esses ataques que a categoria vem sofrendo nos bancos. Portanto, o Sindicato tem reafirmado o seu compromisso de estar sempre ao lado da categoria, defendendo os seus interesses  e procurando sempre fortalecer a luta para ampliar cada vez mais as nossas conquistas.
JORNAL DOS BANCÁRIOS - Quais são as perspectivas para o futuro do Sindicato?
Cardoso – Como sempre, temos que estar preparados para enfrentar os banqueiros e as direções dos bancos públicos. Este ano tudo indica que teremos muitos embates pela frente. Tanto nos bancos privados que irão fazer de tudo para retirar direitos da categoria como nos bancos federais que já acenam para o endurecimento do jogo durante a campanha salarial. Mas a categoria é de luta e sabe enfrentar as adversidades e vencê-las, pois é consciente da sua força, da sua capacidade de mobilização, pois é uma das mais organizadas do país. Em relação ao futuro reafirmamos nosso compromisso em defesa do emprego, pelo fim do assédio moral e das metas abusivas, por mais contratações e igualdades de oportunidades. E neste momento em que estamos em pleno processo eleitoral para a renovação da diretoria do Sindicato quero aqui, mais uma vez, reafirmar também o nosso compromisso democrático com a categoria. É o bancário que vai decidir através do seu sagrado direito do voto o futuro do nosso Sindicato. É através do seu voto que o bancário vai dizer se quer ou não a continuidade desse trabalho por nós desenvolvido ao longo desta gestão. O nosso Sindicato segue os princípios da CUT baseados na democracia, representatividade e transparência que sempre permearam a nossa atuação. Ao contrário dos sindicatos ligados à federação da rua Sergipe-Contec, sempre prestamos contas de nossa atuação para a categoria e sempre estivemos abertos para críticas e sugestões para que possamos cada vez mais melhorar o nosso trabalho em defesa dos interesses do trabalhador bancário.  Portanto, o futuro do nosso Sindicato mais uma vez está nas mãos dos bancários e bancárias que, nesta festa democrática, irão decidir o melhor projeto para a nossa entidade e para a categoria da base de BH e Região.

Fonte: Jornal dos Bancários
Edição: Taís Ferreira
Fotografia: Dúnia Catelli



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Igualdade de oportunidades, para todos

Último país das Américas a abolir o tráfico negreiro, o Brasil construiu uma sociedade vergonhosamente injusta. Em seus cinco séculos de história, consolidou uma cultura de permissividade e de tolerância à injustiça, ao autoritarismo e aos preconceitos de todos os matizes.Um dos resultados dessa herança está estampado no recém concluído estudo do IBGE sobre os indicadores sociais brasileiros:

O país entra no século XXI ostentando o desonroso troféu de um dos campeões mundiais de concentração da riqueza. Na década de 90, apesar dos festejos em torno da globalização, o Brasil não saiu do lugar.Mas a injustiça é ainda mais injusta para segmentos da sociedade que sofrem adicionalmente com o preconceito e a discriminação.

Há tempos a Confederação Nacional dos Bancários formou a convicção de que o movimento sindical precisa incorporar à sua prática cotidiana o combate a todas as formas de exclusão, entre elas a discriminação e o preconceito.Desde 1996 a CNB/CUT vem exigindo a inclusão desse tema na mesa de negociações com a Fenaban, sob a bandeira de igualdade de oportunidades.

Alegando não possuir dados concretos sobre os quais discutir, os banqueiros sempre se esquivaram ao tema.Até que, no acordo coletivo de 2000, os bancários conseguiram pela primeira vez na história do movimento sindical brasileiro incluir explicitamente essa bandeira. Está lá, na cláusula 51ª, como um desafio:


Clique no link abaixo para visualizar:

 rostos_bancarios.htm




Publicado no site do Sindicato 






CONTRAF-CUT PROMOVE REUNIÃO PARA MÍDIA DA CAMPANHA NACIONAL NO DIA 17:





A Contraf-CUT promove no dia 17 de maio (terça-feira), às 14 horas, uma reunião específica para discutir a mídia da Campanha Nacional dos Bancários 2011. O encontro será realizado na sede da Confederação em São Paulo.
De acordo com a orientação do Comando Nacional dos Bancários, o objetivo é construir um processo democrático para definir uma proposta de mídia nacional, a exemplo dos últimos anos. Em 2010, o tema foi "Outro banco é preciso", com o slogan "Pessoas em 1º lugar".
A reunião é aberta à participação de dirigentes do Comando Nacional, sindicatos e federações, especialmente diretores de comunicação e profissionais de imprensa das entidades.

  

Fonte: Contraf-CUT



Contraf-CUT cobra medidas de prevenção para combater "saidinha de banco"

02/05/2011

Bancários defendem em reunião com a Fenaban melhoria na estrutura de segurança dos estabelecimentos

Escrito por: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram nesta sexta-feira, dia 29, medidas de prevenção para combater o crime de "saidinha de banco", durante a segunda rodada da Mesa Temática de Segurança Bancária com a Fenaban, em São Paulo. Os bancos ficaram de avaliar as propostas feitas pelos bancários. Nova rodada para continuar os debates foi agendada para o próximo dia 2 de junho. A Fenaban também apresentou pela primeira vez as estatísticas de assaltos a bancos.

Combater a "saidinha de banco"
"Cobramos providências dos bancos porque esse crime começa dentro das agências e postos de atendimento, causando mortes, feridos, pessoas traumatizadas e sensação de insegurança", disse o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. "Os bancos precisam fazer a sua parte, assim como os estados precisam melhorar a segurança pública", completou.

Os bancários defenderam a melhoria da estrutura de segurança dos estabelecimentos, com a instalação da porta giratória antes da sala de autoatendimento e vidros blindados nas fachadas. "Também propomos a colocação de câmeras de vídeo em todos os espaços de circulação de clientes, bem como nas calçadas e área de estacionamento, com monitoramento em tempo real e com imagens de boa qualidade para auxiliar na identificação de suspeitos", afirmou o dirigente sindical.

A instalação de biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas foi reforçada pela Contraf-CUT. "Essa barreira, com o reposicionamento do vigilante para observar esse espaço junto com a colocação de uma câmera de vídeo, elimina o risco do chamado ponto cego e garante privacidade e sigilo nos saques dos clientes, evitando a ação de olheiros", ressaltou Ademir. Ele também defendeu a instalação de divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos.

"O número de ocorrências caiu drasticamente em Sorocaba, onde uma lei municipal obrigou os bancos a colocar biombos nos bancos", salientou o representante da Feeb SP-MS e presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba, Júlio César Machado. Os bancários também citaram a experiência positiva de João Pessoa, onde os casos diminuíram cerca de 90%, segundo avaliação do Sindicato dos Bancários da Paraíba.

A proposta de isenção das tarifas de transferência de recursos (DOC, TED, ordens de pagamento, etc), como forma de desestimular os saques que muitos clientes efetuam para não pagarem tarifas, foi reiterada pelos bancários. "Essa medida, se adotada, reduzirá a circulação de dinheiro na praça e evitará que clientes sejam alvos de assaltantes", enfatizou o diretor da Contraf-CUT.

Os representantes da Fenaban disseram que estão preocupados com a "saidinha de banco" e que todas essas propostas serão avaliadas pelos bancos. "Isso já é um avanço, pois até o ano passado eles falavam que esse era um problema de segurança pública", frisou Ademir.

Acesso às estatísticas da Fenaban
A Fenaban apresentou pela primeira vez as estatísticas de assaltos a bancos, consumados ou não. O acesso foi uma das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2010, previsto na cláusula 30ª da convenção coletiva de trabalho.

Os bancos exibiram os dados desde 2000, revelando uma redução gradativa das ocorrências. Para os bancários, essa queda é fruto da ampliação dos equipamentos de segurança, mas os números ainda são muito preocupantes. "Além disso, eles certamente foram maiores, uma vez que há casos de agências que não faziam o boletim de ocorrência, cuja emissão obrigatória também foi conquistada no ano passado e incluída na cláusula 30ª da convenção coletiva", apontou o diretor da Contraf-CUT.

Confira os números de assaltos, consumados ou não, segundo a Fenaban:

. 2000 - 1.903
. 2001 - 1.302
. 2002 - 1.009
. 2003 – 885
. 2004 – 743
. 2005 – 585
. 2006 – 674
. 2007 – 529
. 2008 – 509
. 2009 – 430
. 2010 – 369

Os bancários propuseram a separação das ocorrências envolvendo sequestros de bancários, cujas ocorrências estão incluídas nos números de assaltos. Também defenderam a realização de um levantamento dos arrombamentos, na medida em que esse tipo de delito cresceu muito nos últimos anos.

Os representantes da Fenaban ficaram de analisar as considerações dos bancários e chamaram a atenção para as quadrilhas que utilizam explosivos, afirmando que elas representam uma ameaça não somente para os bancos, mas para toda a sociedade.

A Contraf-CUT propôs a definição de um calendário de apresentação das próximas estatísticas semestrais, conforme estabelece a convenção coletiva. "Solicitamos que no início de cada semestre sejam apresentados os números do período anterior", defendeu Ademir. A Fenaban ficou de trazer uma resposta na próxima rodada.

Os bancários também levaram os números de uma estatística feita pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, com dados de sindicatos de vigilantes, bancários, imprensa e secretarias de segurança pública de alguns estados. O levantamento apurou o total de 1.130 ataques em 2010, incluindo assaltos, tentativas e arrombamentos. "São números da violência nos bancos, que também contribuem para a elaboração de propostas para prevenir ações criminosas e proteger a vida de trabalhadores e clientes", observou o diretor da Fetec-PR, Carlos Coppi.